domingo, 28 de novembro de 2010

Iniciando

Bem vindo ao Dicas de Produção de Textos! Aqui você encontra dicas sobre como escrever bem, técnicas de redação e muito mais.

Para começar, procure o que deseja no "Arquivo do Blog" à sua direita. Lá estão separados os textos e vídeos que vão te ajudar com a produção de textos.

Esperamos que aproveite bem o blog!

Vídeo 4 - Tipos de Textos

Vídeo 3 - Coesão e Coerência

Vídeo 2 - Leitura e produção textual parte 2

Vídeo 1 - Leitura e produção textual parte 1

Figuras de Linguagem

Em nosso cotidiano convivemos com uma grande diversidade de textos. Todos possuem um objetivo em comum: estabelecer a comunicação entre os interlocutores. Essa, por sua vez, possui uma finalidade específica, seja para instruir, persuadir, provocar humor, informar, dentre outras. 
Quando se trata de textos informativos, como por exemplo, os jornalísticos, notamos que os mesmos são permeados por uma linguagem clara, objetiva e dinâmica, pois a intenção é única e exclusivamente informar ao leitor sobre fatos decorrentes do universo social, sejam eles polêmicos ou não. Portanto, não é permitido nenhum juízo de valor, nem tão pouco, comentários pessoais por parte do emissor. 

Todavia, ao nos depararmos com textos poéticos e com outros ligados à linguagem publicitária de um modo geral, não identificamos essa mesma característica. Ao contrário, notamos que a linguagem revela emoção, subjetividade, proporcionando espaço para múltiplas interpretações por parte do leitor. 
Trata-se de alguns recursos empregados pelo emissor, nos quais o objetivo é conferir maiorexpressividade à mensagem, ornamentando-a para justamente realçar a beleza do ato comunicativo. 
Tais recursos são denominados de linguagem figurada, conotativa, ou seja, aquela que se difere do seu sentido denotativo, prescrito no dicionário. Desta forma, o autor instaura um jogo de palavras apostando no emprego de acréscimos, supressão, repetição de termos, entre outros. Todos realizados de maneira intencional, para atingir os objetivos por ele pretendidos. 

Com o objetivo de ampliarmos nossos conhecimentos sobre o referido assunto, vejamos alguns exemplos e suas respectivas características: 

Figuras de Sintaxe 

Zeugma 
Consiste na omissão de um termo tendo em vista que este já faz parte da inferência do interlocutor, permitindo, portanto, a compreensão da mensagem: 

Fiquei ansiosa para saber o resultado do concurso. 
Podemos perceber que houve a omissão do pronome pessoal (Eu). 

Elipse 
Sua característica pauta-se também por omitir um termo, porém o mesmo vem expresso anteriormente na oração: 

Kátia e sua prima foram ao cinema, Marília e Cibele não. 
Notamos que houve a omissão do termo (não foram). 

Polissíndeto 
Ocorre a repetição sequencial de conectivos, geralmente do “e”. 

Os garotos chegaram e começaram a lanchar e subiram para assistir ao filme e depois saíram para o passeio ciclístico. 

Assíndeto
 
Ao contrário do polissíndeto, há a supressão do conectivo: 

Estudava pela manhã, trabalhava à tarde, fazia aula de canto à noite. 
Pleonasmo: 
Consiste no emprego desnecessário de um termo, uma vez que este já foi anteriormente mencionado:

Eu a vi com olhos de admirador apaixonado. 
Silepse: 
Figura que retrata a concordância com a ideia exposta na oração, não com as palavras explícitas na mesma: 

Silepse de pessoa: 
As crianças somos o futuro da nação. 

Note, portanto, que há discordância entre o sujeito e a pessoa verbal. 

Silepse de número: 
A multidão chegaram aflitos para assistir à carreata. 

Silepse de Gênero: 
Vossa Excelência parece nervoso. 

Anáfora: Consiste na repetição sequencial de um termo para reforçar a ideia na oração: 

O amor tudo suporta, o amor tudo crê, o amor tudo perdoa. 
Figuras de palavras: 
Metáfora: 
É uma comparação oculta que consiste no emprego de uma palavra em lugar de outra, tendo em vista a relação de semelhança entre ambas: 

Sua boca é um cadeado 
E meu corpo é uma fogueira. 

Comparação: É uma comparação explícita entre as palavras por intermédio da conjunção comparativa: 

Sua boca é como um cadeado 
E meu corpo é como uma fogueira. 

Antítese:
 
Como o próprio nome já diz, a figura consiste no jogo contrário de ideias: 

Eu adoro o dia, mas admiro a noite. 
Contemplo o sol, enalteço a chuva. 

Metonímia É a substituição de uma palavra por outra, estabelecendo uma relação de sentido entre ambas: 

Adoro ler Machado de Assis. (a obra) 

Figuras de pensamento: 

Eufemismo: 
É o emprego de uma expressão com o objetivo de suavizar a mensagem, diversificando-a do seu sentido literal: 

Meu amigo entregou a alma a Deus. (para não dizer: Meu amigo morreu!) 
Hipérbole: Consiste no exagero intencional atribuído ao sentido das palavras: 

Aquele garoto é um poço de ignorância 
Chorarei um mar de lágrimas até que você volte. 

Personificação ou prosopopeia: É o emprego de características humanas a seres inanimados: 

O mar está mostrando a sua face mais bela.




Fonte: http://www.brasilescola.com/redacao/figuras-de-linguagem.htm

Dissertação

A todo instante nos deparamos com situações que exigem a exposição de idéias, argumentos e pontos de vista, muitas vezes precisamos expor aquilo que pensamos sobre determinado assunto. 
Em muitas situações somos induzidos a organizar nossos pensamentos e idéias e utilizar a linguagem para dissertar. 

Mas o que é dissertar? 

Dissertar é, por meio da organização de palavras, frases e textos, apresentar idéias, desenvolver raciocínio, analisar contextos, dados e fatos. Neste momento temos a oportunidade de discutir, argumentar e defender o que pensamos utilizando-se da fundamentação, justificação, explicação, persuasão e de provas. 

A elaboração de textos dissertativos requer domínio da modalidade escrita da língua, desde a questão ortográfica ao uso de um vocabulário preciso e de construções sintáticas organizadas, além de conhecimento do assunto que se vai abordar e posição crítica (pessoal) diante desse assunto. 
A atividade dissertadora desenvolve o gosto de pensar e escrever o que pensa, de questionar o mundo, de procurar entender e transformar a realidade. 

Passos para escrever o texto dissertativo 

O texto deve ser produzido de forma a satisfazer os objetivos que o escritor se propôs a alcançar. 
Há uma estrutura consagrada para a organização desse tipo de texto. 
Consiste em organizar o material obtido em três partes: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. 

- Introdução: A introdução deve apresentar de maneira clara o assunto que será tratado e delimitar as questões, referentes ao assunto, que serão abordadas. 
Neste momento pode-se formular uma tese, que deverá ser discutida e provada no texto, propor uma pergunta, cuja resposta deverá constar no desenvolvimento e explicitada na conclusão. 

- Desenvolvimento: É a parte do texto em que as idéias, pontos de vista, conceitos, informações de que dispõe serão desenvolvidas; desenroladas e avaliadas progressivamente. 

- Conclusão: É o momento final do texto, este deverá apresentar um resumo forte de tudo o que já foi dito. A conclusão deve expor uma avaliação final do assunto discutido. 

Cada uma dessa partes se relaciona umas com as outras, seja preparando-as ou retomando-as, portanto, não são isoladas. 

A produção de textos dissertativos está ligada à capacidade argumentativa daquele que se dispõe a essa construção. 

É importante destacar que a obtenção de informações, referentes aos diversos assuntos seja por intermédio da leitura, de conversas, de viagens, de experiências do dia-a-dia e dos mais variados veículos de informação podem sanar a carência de informações e consequentemente darem suporte ao produzir um texto.




Fonte: http://www.brasilescola.com/redacao/dissertacao.htm

Coerência

Um texto pode ser incoerente em ou para determinada situação se seu autor não consegue inferir um sentido ou uma ideia através da articulação de suas frases e parágrafos e por meio de recursos linguísticos (pontuação, vocabulário, etc.).
A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar, é o resultado da não contradição entre as partes do texto.
A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto abordado no texto, conhecimento de mundo, o conhecimento que esses têm da língua que usam e intertextualidade.
Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer sentido; é entendido como um princípio de interpretabilidade.
Veja o exemplo: “As crianças estão morrendo de fome por causa da riqueza do país.” 
“Adoro sanduíche porque engorda.”

As frases acima são contraditórias, não apresentam informações claras, portanto, são incoerentes.


Coesão

Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. 
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.
Observe a coesão presente no texto a seguir:
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra.”
JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, 2007, p. 566
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do texto. 
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os principais são:
- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-relação entre os enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais. 

Veja algumas palavras e expressões de transição e seus respectivos sentidos:
- inicialmente (começo, introdução) 
- primeiramente (começo, introdução) 
- primeiramente (começo, introdução) 
- antes de tudo (começo, introdução) 
- desde já (começo, introdução) 
- além disso (continuação) 
- do mesmo modo (continuação) 
- acresce que (continuação) 
- ainda por cima (continuação) 
- bem como (continuação) 
- outrossim (continuação) 
- enfim (conclusão) 
- dessa forma (conclusão) 
- em suma (conclusão) 
- nesse sentido (conclusão) 
- portanto (conclusão) 
- afinal (conclusão) 
- logo após (tempo) 
- ocasionalmente (tempo) 
- posteriormente (tempo) 
- atualmente (tempo) 
- enquanto isso (tempo) 
- imediatamente (tempo) 
- não raro (tempo) 
- concomitantemente (tempo) 
- igualmente (semelhança, conformidade) 
- segundo (semelhança, conformidade) 
- conforme (semelhança, conformidade) 
- assim também (semelhança, conformidade) 
- de acordo com (semelhança, conformidade) 
- daí (causa e consequência) 
- por isso (causa e consequência) 
- de fato (causa e consequência) 
- em virtude de (causa e consequência) 
- assim (causa e consequência) 
- naturalmente (causa e consequência) 
- então (exemplificação, esclarecimento) 
- por exemplo (exemplificação, esclarecimento) 
- isto é (exemplificação, esclarecimento) 
- a saber (exemplificação, esclarecimento) 
- em outras palavras (exemplificação, esclarecimento) 
- ou seja (exemplificação, esclarecimento) 
- quer dizer (exemplificação, esclarecimento) 
- rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento).
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor qualidade de vida.
- Coesão por referência: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas: 
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os... 
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso... 
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele... 
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo... 
- pronomes relativos: que, o qual, onde... 
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal resultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar o objetivo que tanto almejava.
- Coesão por substituição: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do texto. 

Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”; 
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”; 
João Paulo II: Sua Santidade; 
Vênus: A Deusa da Beleza.
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o "Poeta dos Escravos" é considerado o mais importante da geração a qual representou.
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados agrupados em conjuntos.


Partes de uma redação

De forma resumida e bem objetiva, a redação deve ter três partes: 

1. Introdução 
2. Desenvolvimento 
3. Conclusão 

Mas como se dá cada uma delas? O que é necessário que elas tenham? 
Vejamos, separadamente: 

1. Introdução 
O que é introdução, senão o ato de introduzir? Então, vejamos: introduzir é fazer entrar, fixar-se. 

Não é por menos que o início do texto tem essa denominação, uma vez que é responsável por fazer com que o leitor queira adentrar, fixar os olhos e ler o restante do texto. 

A introdução deve apresentar a ideia principal (tópico frasal) que será discutida não só no primeiro parágrafo, mas ao longo do texto! 

Por ser o primeiro contato que o leitor tem com o escrito, a forma como a introdução é disposta é muito importante. Deve-se explorar o objetivo do texto em orações que atraiam o público-alvo. Importante é não se delongar muito nesta etapa, três linhas são o suficiente. 

Lembre-se de que o texto começa pela introdução, na primeira linha. Portanto, escolha um título quando a produção for concluída, pois não há como saber com exatidão 

2. Desenvolvimento 

É o chamado “corpo do texto”, onde o tema escolhido é abordado e, como o próprio nome diz, desenvolvido. Após introduzir o tema, é hora de debatê-lo, através da exposição dos argumentos. 

É necessário que as ideias estejam claras e exemplificadas, se for o caso. Nesta etapa, evite repetições de termos ou orações que tenham o mesmo sentido. Evite também períodos muito longos, pois tendem a tornar a leitura enfadonha, monótona. Além disso, pode fazer com que o escritor se perca em meio às suas próprias argumentações. 

Não queira demonstrar mais do que sabe sobre determinado assunto, pois poderá cair no erro das repetições de ideias, exposto acima. E não é necessário “encher linguiça”, uma vez que qualidade é essencial, mas quantidade de argumentos não, tampouco de linhas: 18 a 22 linhas de desenvolvimento são suficientes! 


3. Conclusão 
Concluir é acabar, finalizar. Portanto, é o desfecho do texto. Muitos não dão importância para essa etapa, mas sem ela o texto fica vago, sem propósito. 

Em um parágrafo, a conclusão deve reunir as ideias levantadas ao longo do texto, contudo, com um posicionamento por parte do escritor ou uma solução para um problema apresentado. 

Nunca coloque: Concluímos que, Concluo que, Finalizando, Resumindo ou equivalentes na conclusão porque não é necessário que o escritor avise que irá finalizar o texto, já que esta etapa deve ser percebida pelo leitor e não alertada.




Fonte: http://www.brasilescola.com/redacao/as-partes-redacao.htm